quinta-feira, 27 de maio de 2010

Capivaríssimos 8 milhões

Deu-se que a Poligremia do Santa Cruz, Vera Cruz, Escola da Vila e Colégio Equipe achou por bem promover um festival de curtas entre essas escolas.
Um certo sr. Schroeder Schützerfoi quem primeiro animou-se a fazer um vídeo para o festival. Chegou-se a cogitar que mandassem mesmo o Metafilme, dada a pesada carga de trabalho do Santa. Mas o bacana mesmo seria enviar um filme novo.

A frase "vamos fazer um filme nesse fim de semana" é reconhecidamente torta tanto por Schützer quanto pelo Leo, pois um filme que se preze requer muita divagação anterior. Em algum sábado, muito anterior ao início das filmagens da nova produção, Ramos teria ido à casa do Pai de Schützer por motivo que não se sabe bem qual, e andado com o parceiro pelo andar térreo, então em reforma, devaneando sobre a bacanitude deste cenário. Mas a contínua repetição de "vamos fazer um filme" é certamente o que desencadeia o processo criativo.

Com base nessa frase, fez-se, numa noite, por falta de idéia melhor, a nova introdução em stop-motion que precederá os filmes da AWA & Lesma, e o que seria o primeiro passo em direção ao Festival de Curtas Evandro Capivara.

Ao lado de uma piscina de prédio, após grande divagação, pensou-se numa pseudo-não-declarada-continuação do Metafilme, em que os dois protagonistas fossem tomar café da manhã e descobrissem que não tinham pão e tampouco sabiam onde comprá-lo.
A idéia vigorou por pouco menos que uma semana, e começou-se a trabalhar numa possível "aula de biologia sobre digestão com reações metafóricas dos alunos".
Seria esse o filme a ser feito para o Festival não fosse uma certa aula de matemática que mudaria o rumo da História da humanidade para sempre.

Com sono e incapaz de se concentrar num exercício, Leo Ramos apanhou uma calculadora e especulou quanto dinheiro teria se deixasse o prêmio da mega sena rendendo juros no banco. E foi dessa forma, que começou Um Para Oito Milhões, cujo roteiro não passou de alguns tópicos rabiscados numa agenda, e cujo fim só foi determinado no fim das filmagens.



Ao final do Festival de Curtas, seriam selecionados dois curtas, um pelo júri popular, e um por um júri formado por professores selecionados dessas escolas.
Não se sabe bem como, ou porque, ocorreu de o sujeito que anunciava o júri especializado pronunciar "Um Para Oito Milhões" como primeiro lugar.
Menos ainda se sabe sobre a razão de o júri popular ter eleito o mesmo vídeo, coincidentemente.
Quando foram ditas as palavras "... o vencedor é, de novo...", ouviu-se um brado e pela segunda vez a dupla AWA & Lesma subiu no palco para receber a capivara de papel machê.
Há controvérsias sobre as palavras usadas no discurso, mas a história mais aceita diz que apenas foi murmurado algo na linha de "... a gente ganhou na loteria... e agora isso...".

Um Para Oito Milhões foi um Marco na história de AWA & Lesma Filmes. E, para se estudar História, a gente precisa de Marco.

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